SATNIK rapidamente ganhou reconhecimento na indústria, cativando os ouvintes com as suas contagiantes roduções de Electro House, Big Room, Dirty Dutch e performances energéticas e nos últimos anos, SATNIK teve o privilégio de colaborar com figuras lendárias da indústria musical, José Cid, Tozé Brito, Doce e Mário Mata.
Juntos, eles embarcaram em um projeto notável, infundindo seu catálogo com um estilo de dança fresco e cativante que dá nova vida aos temas clássicos, mantendo a sua essência atemporal.
Conversamos com o SATNIK para descobrir como ele faz isso...
Podes contar-nos como surgiu a colaboração entre ti e o José Cid? O que inspirou a parceria?
O José Cid é um artista no qual eu sempre fui fã desde tenra idade, eu e o Tio Cid temos uma ótima amizade e surgiu a ideia de pegar em alguns dos seus êxitos e dar-lhes uma nova vida com o intuito de atingir outros públicos e é simplesmente fantástico poder colaborar com um dos melhores artistas do mundo que continua a cantar ao mais alto nível e arrasta multidões por onde passa.
O José Cid é uma figura lendária na indústria musical. Como foi trabalhar com ele no vosso primeiro tema 'Nas Noites de Lisboa (Dance Version)', e como a experiência dele influenciou o processo criativo de outros temas como, 'Crazy Lisbon Nights (Dance Version)', 'Cabana Junto À Praia (VIP Mix)', 'Cabana Junto À Praia (Slap House Mix)' e 'Cai Neve Em Nova York (VIP Mix)'?
A experiência com o José Cid é sempre fantástica, para não esquecer de mencionar que aprendo muito com ele. A versão de dança de ‘Nas Noites de Lisboa’ teve muito boa aceitação pela comunidade da música electrónica um pouco por todo o mundo, então decidimos brindar essa mesma comunidade com outros temas de sucesso. A versão ‘Crazy Lisbon Nights’, foi feita especificamente a pensar no público que não entende a língua portuguesa e logo em seguida lançamos 2 versões da ‘Cabana Junto À Praia’ e a versão do tema icônico ‘ Cai Neve Em Nova York’.
Entendemos que envolve fundir temas clássicos com um novo estilo de dança. Consegues descrever como foi gravar o videoclipe de ‘Nas Noites de Lisboa (Dance Version)’ numa discoteca com o José Cid?
Acho que todos pensam que a ideia de gravar o videoclipe numa discoteca foi minha, mas por mais incrédulo que pareça a ideia foi do José Cid que disse que se a música é de discoteca então o vídeo seria gravado numa discoteca em pleno funcionamento e foi fantástico! Eu costumo dizer a todos que o José Cid tem 81 anos, mas tem mais pedalada do que eu. <risos>
Como equilibraste o desafio de dar uma nova vida aos temas preservando a sua essência atemporal ao mesmo tempo?
Tentei não estragar o que na realidade já era bom, o que fiz foi criar um equilíbrio juntando elementos de música electrónica a músicas que por si só já são icónicas. Claro que tive alguns desafios para poder manter a voz sem distorção, etc, mas penso que os trabalhos finais ficaram como o esperado - o melhor de dois mundos!
Houve algum momento ou desafio memorável que encontraste durante a colaboração que gostarias de compartilhar?
O meu primeiro desafio foi quando o José Cid me disse que poderia gravar no estúdio dele, até aqui fantástico, o problema para mim é que lá é tudo “old school”, tudo 100% analógico em fita e para um produtor habituado ao digital como eu, foi sem dúvida um desafio!. Mas depois lá arranjamos forma de fazer tudo acontecer. Ele exportou tudo por faixas para um CD e eu no meu estúdio passei tudo para digital e a magia aconteceu. <risos>
A tua formação musical inclui vários gêneros de dança eletrônica. Como é que essa formação influenciou a forma como abordaste o trabalho com José Cid, que tem um estilo musical diferente?
Desde sempre fui apaixonado pelos gêneros mais dançantes e eletrônicos, contudo adoro toda a música em geral seja o género que for e acho que esta minha aceitação por todos os gêneros tornou a minha colaboração com o José Cid muito mais fácil, pois tenho uma mente aberta e acolho novas possibilidades. Acredito que se não tivesse uma mente assim aberta se calhar o produto final não tinha saído tão bem.
O que esperas que os ouvintes tirem da música que criaste com José Cid, e que impacto acreditas que esta colaboração terá nas vossas carreiras?
O impacto está a ser super positivo e no meu caso ser o único DJ e produtor no mundo a remisturar músicas do José Cid já é um bónus gigante a nível pessoal. Óbvio que o Tio Cid já é conhecido mundialmente, mas estas versões eletrônicas sem dúvida abriram novos horizontes e neste momento há DJs em todo o mundo a tocar as versões Remixes em clubs e festivais de música eletrônica. Quero que os ouvintes aproveitem e dancem cada segundo de cada música e que acreditem que tudo é possível quando se faz com amor e dedicação e tanto eu como o José Cid amamos e respiramos música.
Por fim, podes dar-nos uma ideia de futuros projetos musicais colaborativos ou a solo que tenhas em andamento, possivelmente com José Cid ou outros artistas?
Com o José Cid talvez venha aí mais uma surpresa! <risos> Recebo muitas propostas de colaboração, mas tenho tido algum cuidado antes de aceitar. Tenho outros remixes de músicas e artistas icônicos, mas que ainda não posso revelar senão teria que vos matar <risos> mas posso revelar que pelo menos 2 já estão programados para lançamento em 2024. Mais não posso dizer! <risos>